
Em pronunciamento emocionado, a vereadora defende-se das acusações e critica a tentativa de exclusão das mulheres no processo político.
Nesta terça-feira (27), durante a sessão camararia em Americana (SP), a vereadora Prof.ª Juliana (PT) teve a oportunidade de usar a tribuna para fazer sua defesa. O presidente Thiago Brochi ( Sem Partido) concedeu-lhe o tempo de explicação pessoal, conforme previsto no regimento. A vereadora abordou as acusações de supostas filiações partidárias realizadas em seu gabinete, com o uso indevido de dinheiro público em benefício do partido. Foram divulgadas em matéria pelo portal de notícias Vai Vendo Brasil em 16/06, citando o artigo 377 do código eleitoral.
Durante seu discurso, a vereadora Prof.ª Juliana dirigiu-se diretamente ao vereador Thiago Martins (PV), responsável por denunciá-la ao conselho de ética da câmara municipal. Ela buscou se vitimizar e se emocionou, minimizando o suposto uso indevido de dinheiro público para benefício partidário. A vereadora fez uma referência irônica ao personagem Naruto e considerou normal o uso de dinheiro público para fins partidários, desqualificando o suposto ato que infringe o artigo 377 do código eleitoral. Além disso, ela ressaltou que não está sozinha nessa situação e que esse fato não a intimida.
É importante destacar que a vereadora confundiu eventos partidários de filiações dentro da estrutura das câmaras com atos isolados de filiações partidárias, ocorridos com o uso da estrutura cedida para o exercício do mandato.
Além das defesas em relação às acusações, a vereadora também acusou o vereador Thiago Martins de utilizar o caso para explorar a mídia. Durante seu pronunciamento, a vereadora se emocionou ao mencionar sua filha e, ao mesmo tempo, se colocou como vítima, enfatizando que não se pode naturalizar ações que buscam excluir as mulheres do processo político e criminalizar lideranças do Partido dos Trabalhadores. Afirmou que essas tentativas não a intimidam.
A sessão camararia de Americana foi marcada por um debate intenso entre os vereadores e levantou importantes questões sobre a conduta dos parlamentares e o uso adequado dos recursos públicos no âmbito político. A discussão continuará no conselho de ética da câmara municipal, que avaliará as acusações e tomará as devidas providências caso necessário.