Crônica: O Vice Irado e o Santo Prefeito de São Vitão Tão Distante

Era uma vez em São Vitão Tão Distante, uma cidade, cheia de peculiaridades e eventos inesperados, o vice-prefeito Subujão.

Subujão era conhecido por sua calma, mas um belo dia, algo o tirou do sério. Afinal, não é todo dia que se vê um prefeito com dengue, enquanto a fonte da doença fervilhava no bebedouro da Unidade Básica de Saúde.

Sabujão fez um vídeo inflamado, reclamando do acúmulo de lixo em um canto esquecido da cidade. E com razão! Com uma expressão de quem acabou de mastigar uma pimenta malagueta, ele exclamava:

“Senhoras e senhores, vejam a ironia do destino: nosso Santo Prefeito foi picado pelo mosquito da dengue, e o criadouro estava bem aqui, na nossa própria UBS! Isso é uma afronta, uma calamidade, uma… ironia sem tamanho!”

Os cidadãos, perplexos, assistiam ao discurso do vice-prefeito, tentando entender o motivo de tanta exasperação. “Ora, Sabujão, qual a razão de tanto alarde?”, cochichavam entre si. Mas Sabujão não estava para meias palavras. “Vamos combater esses mosquitos e o lixo com todas as nossas forças!”, exclamava ele, enquanto girava os braços como quem espanta mosquitos imaginários.

No fundo, os entendidos sabiam que a irritação de Sabujão não tinha tanto a ver com o lixo ou os mosquitos, mas sim com a saudades do Santo Prefeito. Sem ele, a administração da cidade parecia uma missão impossível. Como Sabujão sobreviveria sem a liderança carismática do Santo Prefeito?

E assim, em meio a risos e caretas, Sabujão tornou-se o herói da dengue, embora ninguém soubesse exatamente por que. A crônica cômica e irônica dessa cidade peculiar mostrou que, mesmo nas situações mais bizarras, o humor sempre encontra seu lugar.

E que ninguém se engane, em São Vitão Tão Distante, até a água dos bebedouros tem seus mistérios e o vice-prefeito tem seus dias de fúria. Afinal, a política é um poço sem fim de surpresas… e de mosquitos.