
Investigação sobre fraude em cartões de vacinação envolvendo Jair Bolsonaro é arquivada após falta de provas autônomas, destacando depoimento controverso de Mauro Cid.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou nesta quinta-feira, 27 de março, o arquivamento do inquérito que investigava suposta falsificação de cartões de vacinação envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Na petição apresentada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Gonet afirmou que as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) não forneceram provas suficientes para responsabilizar Bolsonaro e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ).
O caso havia resultado no indiciamento de Bolsonaro e outras quinze pessoas por crimes como associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde. Apesar de Mauro Cid, colaborador próximo do ex-presidente, ter alegado ter recebido ordens para alterar os registros de vacinação no Sistema Único de Saúde (SUS), o procurador-geral destacou que o depoimento não foi corroborado por evidências independentes.
Com o arquivamento, Bolsonaro evita enfrentar uma acusação formal neste caso, embora permaneça réu em outras ações judiciais relacionadas à tentativa de golpe de Estado em 2022 e a desvios envolvendo joias da Presidência da República.