Entre modernidade e tradição, o pedágio "Free Flow" vira palco de debates, confusões e mangas (literalmente)
Nas pitorescas cidades de Americanópolis do Oeste e Santa dos Trovões do Leste, o governador, Tarcisão Quaisquais Cola, decidiu revolucionar a rodovia SP-304 com um sistema de pedágio sem paradas. A ideia parecia perfeita, mas em Americanópolis, as Capivaras do Oeste eram celebridades locais. Conhecidas por atravessarem a estrada em fila indiana, eram o orgulho da cidade.
Os vereadores, Fernandão da Botica e Jão Mizuno, se uniram numa campanha ferrenha contra o sistema, temendo que as capivaras perdessem seu protagonismo. Os prefeitos, Chicão Santo, de Americanópolis, e Rafa Piorazano, de Santa dos Trovões, inicialmente alheios à confusão, foram convencidos a protestar também, temendo perder votos das capivaras e seus simpatizantes.
No meio do caos, Molejão, o astuto assessor da Casa Civil, que tinha um pé na política e outro nos adesivos de sorrisos, sugeriu construir passagens exclusivas para as capivaras, com direito a placas luminosas e até uma trilha sonora para os desfiles diários.
O “Free Flow” acabou sendo implementado, e as capivaras, com suas passagens luxuosas, continuaram a ser as estrelas da região. As cidades, agora um misto de tradição e modernidade, lembraram que, às vezes, a solução para os problemas está em abraçar o inesperado e as capivaras com estilo! Chuupaa esta manga . . .
*** Trata-se de uma obra de ficção. Qualquer semelhança com fatos reais, pessoas ou eventos é mera coincidência.
Jorge Ramos é jornalista, comentarista político, articulista, consultor financeiro e securitário. Graduado em Administração/Gestão Pública e pós-graduado em Direito Constitucional
2 respostas
Excelente. Ri alto por aqui. Kkkkk
Pois é, se ninguém fizer nada a ficção está muito perto de se tornar realidade.