Neste sábado, 15 de março, André do Prado (PL) foi reeleito presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) em uma votação histórica com 88 dos 94 votos no Palácio 9 de Julho. Com o apoio do PT e da base do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), Prado consolidou sua influência política e abriu caminho para possíveis pretensões eleitorais em 2026.
A reeleição foi viabilizada por uma mudança na Constituição do Estado de São Paulo, que permitiu a recondução ao cargo na mesma legislatura, embora um terceiro mandato consecutivo continue proibido. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC), apresentada pelo deputado Carlos Cezar (PL), foi aprovada no final do ano passado.
Prado enfrentou Paula da Bancada Feminista (PSOL), única candidata de oposição, que destacou a ausência de mulheres na presidência da Alesp e criticou projetos do governo, como a privatização da Sabesp e a flexibilização de gastos com educação. Apesar disso, a sessão foi marcada por um clima descontraído e de consenso entre os parlamentares.
Com uma trajetória política que inclui quatro mandatos consecutivos como deputado estadual e uma gestão como prefeito de Guararema, Prado é conhecido por sua habilidade de diálogo com diferentes frentes políticas, incluindo a oposição. Essa postura foi fundamental para garantir o apoio do PT e sua reeleição.
O PT, por sua vez, assegurou a primeira secretaria da Alesp, com Mauro Maurici assumindo o cargo após uma disputa interna no partido. A vitória de Prado reflete um momento de articulação política estratégica e reforça sua posição como uma figura central no cenário político paulista.