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Os novos laudos sobre o suposto vídeo do Padre Júlio Lancellotti

Foto: Ricardo Stuckert/ PR

Padre militante de esquerda teve apoio em massa de membros do PT entre outros partidos comunistas, além do Ministro Alexandre de Moraes

Apesar de toda a repercussão negativa do pedido de instalação de uma CPI na Câmara Municipal para investigar as ONGs que atuam na Cracolândia, com a personificação das investigações na figura do Padre Júlio Lancellotti, o assunto está longe de um desfecho. Lancelotti foi chamado de “coordenador da máfia da miséria” pelo vereador Rubinho Nunes, autor do requerimento.

Novos laudos

No material que compõe as denúncias contra o padre, protocolado na Câmara Municipal somente na sexta-feira passada, há dois novos laudos. A coluna teve acesso a um deles, assinado pelos peritos oficiais Reginaldo e Jacqueline Tirotti. O documento de 65 páginas, concluído no dia 12 de janeiro, atesta que é o Padre Júlio Lancellotti que aparece numa gravação que remonta a acusações que ele já respondeu no passado. Nada a ver, portanto, com o objeto de investigação da CPI, que seria o mau uso de verbas públicas na Cracolândia.

Guerra de laudos

O padre afirma categoricamente que não é ele que aparece no tal vídeo, divulgado pela primeira vez em 2020. Disse também estar tranquilo quanto ao rumo de eventuais investigações. “É uma guerra de laudos”, afirmou Padre Júlio, que considera o vídeo uma “fake news requentada”. Luiz Eduardo Greenhalgh, advogado do padre, coloca em xeque perícias contratadas por interessados no objeto de análise. “No caso das mortes de Suzana Marcolino e PC Farias, por exemplo, apareceram 4 ou 5 laudos completamente contraditórios, assinados pelos maiores peritos do país”.

Detalhe

Na primeira página do documento, além do nome do escritório Tirotti Perícias Judiciais e Avaliações, com sede em São Paulo e Brasília, aparece o nome do solicitante, “Vereador da capital de São Paulo Rubens Nunes”.

Em mãos

Milton Leite vai entregar pessoalmente o material para o Arcebispo D. Odilo Scherer, que está viajando e deve voltar a cidade na tarde de hoje. A conversa entre os dois ainda não foi agendada, mas pode ter desdobramentos tanto no Plenário 1º de Maio, como no altar da Catedral da Sé.

Homilia

É que D. Odilo Scherer planeja incluir na homilia do dia 25 de janeiro, aniversário da cidade, uma defesa enfática do trabalho realizado pelo padre Júlio Lancellotti, com críticas ao eventual uso político da comissão. A reação do religioso ao aumento da artilharia contra o Padre Júlio é que vai dar o tom do sermão.

Missa de Paulo

Aliás, a missa que será celebrada na Catedral da Sé, na verdade, não é em razão do aniversário da cidade. “É uma festa litúrgica que marca a conversão do apóstolo Paulo (que era judeu e cidadão romano) ao cristianismo”, esclarece a assessoria de imprensa de D. Odilo. 

Vai ou não vai

O anúncio sobre a CPI do Padre Júlio sair ou não do papel está marcado para o dia 6 de fevereiro, as 14h, durante a reunião do Colégio de Líderes. A disputa agora é sobre narrativas baseadas em laudos, repercussão em redes sociais e discursos religiosos. 

*Por por Fábio Behrend/ Diario de S. Paulo

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