
Parecer destaca gastos não declarados na pré-campanha eleitoral do senador e aponta influência nacional na eleição para o Senado no Paraná
A Procuradoria Regional Eleitoral do Paraná recomendou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) a cassação do senador Sergio Moro (União-PR) devido a supostos abusos de poder econômico durante a pré-campanha eleitoral do ano anterior. A recomendação inclui também o pedido de inelegibilidade do parlamentar.
As acusações, provenientes de ações judiciais movidas pelo PL e pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), envolvem alegações de abuso de poder econômico, prática de caixa 2 e uso inadequado de meios de comunicação. Moro é questionado por não ter declarado gastos de R$ 18 milhões durante sua pré-candidatura à presidência, quando era filiado ao Podemos, antes de desistir e se candidatar pelo União Brasil, partido pelo qual venceu a eleição para o Senado.
Além de Moro, os suplentes Luis Felipe Cunha e Ricardo Augusto Guerra estão envolvidos na ação. A Procuradoria destaca o comprometimento da lisura e legitimidade do pleito devido ao uso excessivo de recursos financeiros antes da campanha eleitoral. Os procuradores afirmam que a projeção nacional de Moro como figura pública teve um papel crucial na sua eleição para o Senado no Paraná.
Em resposta ao parecer, Moro afirmou discordar, alegando que os gastos fora do estado do Paraná e os relacionados à segurança pessoal não deveriam ser considerados despesas pré-eleitorais. Ele expressou confiança em reduzir as alegações durante o processo no TRE, afirmando que as acusações serão improcedentes.