Apesar das dívidas da Venezuela com o Brasil, Lula busca retomar a compra de energia do país vizinho
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), juntamente com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, formalizou a assinatura de um decreto nesta sexta-feira, 4, que permite ao Brasil reiniciar a aquisição de energia proveniente da usina de Guri, localizada na Venezuela. Essa medida, mais uma ação que influencia a política venezuelana sob o governo controverso de Nicolás Maduro, vem como uma mudança em relação à suspensão do fornecimento energético do país vizinho durante os primeiros meses da administração do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O decreto recém-assinado abre caminho para a realização de contratos destinados à importação de energia limpa e renovável da usina de Guri, na Venezuela. A retomada desse fluxo energético assume um papel de destaque ao garantir um abastecimento acessível e sustentável para o estado de Roraima e para todo o território brasileiro. Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, afirmou: “Esse decreto viabiliza a celebração de acordos que trarão energia proveniente da usina de Guri, proporcionando uma fonte eficiente e ecológica para suprir as demandas energéticas de Roraima e do Brasil como um todo”.
Além disso, o Brasil busca resolver pendências financeiras pendentes ao retomar a importação de energia da Venezuela. A decisão de autorizar a importação está atrelada a um esforço para solucionar dívidas e acordos comerciais em aberto entre os dois países. Essa abordagem demonstra um esforço diplomático e estratégico para fortalecer as relações bilaterais, ao mesmo tempo em que se busca estabilidade econômica e energética na região.
Com essa nova iniciativa, o governo brasileiro busca um equilíbrio entre interesses energéticos, financeiros e políticos, consolidando uma abordagem multifacetada em sua política externa e energética.
