
Ex-presidente acusa aumento de impostos na cesta básica e concentração de poder na União, enquanto Lira busca votar a PEC até sexta-feira
O ex-presidente Jair Bolsonaro, filiado ao PL, expressou fortes críticas à proposta de reforma tributária apresentada pelo atual governo ao Congresso Nacional e afirmou que seu partido orientará sua bancada a votar contra o projeto.
Em um comunicado divulgado nesta terça-feira, 4 de julho, Bolsonaro afirmou que a reforma proposta “aumenta de maneira absurda os impostos sobre os produtos básicos da cesta básica, reduz a capacidade de investimento dos estados e retira recursos dos municípios”. Além disso, ele argumentou que a reforma concentraria os recursos na União, sujeitando sua liberação a um Conselho composto por “companheiros”.
O ex-presidente também destacou que durante seu governo foram tomadas medidas para reduzir impostos e cortar gastos públicos. Ele afirmou: “Em nosso governo, reduzimos em um terço o IPI de mais de 4.000 produtos, eliminamos os impostos federais sobre combustíveis e, por meio do CAMEX, zeramos os impostos sobre pneus de caminhões, remédios contra câncer, HIV, peças de tratores, jogos, suprimentos hospitalares, entre outros”. Bolsonaro também se posicionou contrário à eventual taxação das transações realizadas pelo PIX e à imposição de impostos sobre heranças.
O projeto de reforma tributária em discussão na Câmara dos Deputados tem sido alvo de críticas por parte de governadores e prefeitos. O presidente da Câmara, Arthur Lira, também filiado ao PL, receberá nesta terça-feira governadores e representantes das bancadas que pedem alterações no texto e o adiamento da votação da reforma. Lira anunciou que a expectativa é votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) até a próxima sexta-feira, dia 7 de julho.