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Manifestantes voltam às ruas de Israel contra a proposta de reforma do Judiciário

Israelenses protestam contra o plano de revisão judicial do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na frente do parlamento, em Jerusalém — Foto: Ariel Schalit / AP Photo

Aeroporto de Tel Aviv suspende operações com a intensa onda de protestos em Israel

Nos últimos meses, Israel tem sido palco de uma série de protestos contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e sua proposta de reforma do Judiciário, que visa limitar os poderes da Suprema Corte e proteger o chefe do Executivo de ser removido do cargo por acusações de corrupção. 

A reforma, que precisa ser aprovada pelo Parlamento, tem gerado críticas de diversos setores da sociedade israelense, que veem nela uma ameaça à democracia e ao equilíbrio entre os poderes. Além disso, a reforma também preocupa os Estados Unidos, principal aliado de Israel, que defende o respeito às instituições e aos valores democráticos. 

Os manifestantes, que incluem judeus e árabes, estudantes e ativistas, têm realizado marchas e bloqueios de rodovias em várias cidades do país, especialmente em frente à residência oficial de Netanyahu em Jerusalém. Eles exigem a renúncia do primeiro-ministro e a retirada da reforma do Judiciário. 

Os protestos se intensificaram após a demissão do ministro da Defesa Yoav Gallant, que criticou publicamente a reforma e acusou Netanyahu de tentar escapar da Justiça. Gallant disse que a reforma é um golpe contra a democracia e que Netanyahu está colocando seus interesses pessoais acima dos interesses nacionais. 

Netanyahu, por sua vez, acusou os manifestantes de atacarem a polícia e disse que a oposição quer provocar uma crise para derrubar o governo e levar Israel a novas eleições. Ele negou as acusações de corrupção e afirmou que a reforma é necessária para garantir a governabilidade e a estabilidade do país. 

Netanyahu é o líder que por mais tempo esteve no poder em Israel: 16 anos. Ele enfrenta três processos por fraude, suborno e quebra de confiança em casos envolvendo favorecimento a empresários em troca de presentes e benefícios midiáticos. 

A reforma do Judiciário é vista como uma forma de Netanyahu se blindar desses processos e permanecer no cargo até o fim de seu mandato em 2025. Segundo a proposta, o primeiro-ministro só poderia ser declarado inapto em caso de incapacidade física ou mental, e apenas a pedido ou após votação do governo por maioria de três quartos dos ministros. 

A reforma também prevê que o governo possa reverter decisões da Suprema Corte que considerar contrárias à lei ou à Constituição. Isso daria ao Executivo o poder de anular sentenças que afetem seus interesses ou os interesses de seus aliados políticos. 

Os manifestantes afirmam que não vão desistir da luta até que Netanyahu saia do poder e que a reforma seja arquivada. Eles dizem que Israel está indo na direção de estados autoritários e que querem defender Israel como um estado judaico e democrático. 

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