Munícipe defende há anos a luta contra a violência de gênero, mas discurso na Câmara gerou polêmica
Na sessão desta terça-feira (2), a munícipe Lea de Fátima Amabili de Queiroz Telles ocupou a tribuna livre da Câmara Municipal de Americana para falar sobre a violência contra a mulher, tema que ela defende há muitos anos em diferentes espaços de participação social. Sua atuação é reconhecida por dar voz a quem não tem e não teve, ampliando o debate sobre direitos e proteção feminina.
O Portal Vai Vendo Brasil reafirma seu apoio à causa e à legítima atuação da Sra. Lea, que há décadas se dedica a pautar questões fundamentais para a sociedade. No entanto, o episódio desta sessão trouxe pontos que não podem ser ignorados.
O episódio
Lea afirmou que “jovens conservadores tendem a ser mais violentos e machistas”, o que foi contestado pelo vereador Jean Mizzoni, que defendeu a família como núcleo de valores.
A munícipe interrompeu falas de vereadores, quebrando o protocolo da tribuna livre e, ao encerrar sua participação, não aguardou o agradecimento do presidente da Câmara, impedindo inclusive a manifestação de parlamentares já inscritos.
Finalizou sua fala citando uma frase de Lair Ribeiro e declarou: “não vou pedir desculpas”.
Repercussão
Críticos reconheceram a relevância da causa, mas destacaram que isso não dá direito à deselegância ou ao desrespeito às regras regimentais.
Defensores argumentaram que ela apenas exerceu seu direito de manifestação e trouxe uma visão pessoal sobre padrões culturais.
O episódio reacendeu o debate sobre os limites da liberdade de expressão e sobre como conduzir discursos em espaços institucionais.
Editorial
O Portal Vai Vendo Brasil defende e valoriza a luta de Lea Amabili contra a violência de gênero, reconhecendo sua trajetória e importância social. Contudo, entendemos que a defesa de uma causa nobre não pode se confundir com licença para deselegância ou afronta. A tribuna livre é um espaço democrático e deve ser usado para fortalecer o diálogo, não para dividir ainda mais a sociedade em discursos de “eles contra nós”.
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