
Apesar da intensificação das ações contra bebidas adulteradas, a atuação da Vigilância Sanitária segue invisível no cotidiano de açougues, lanchonetes e restaurantes — e só ganha destaque quando há crise.
Com o recente aumento de casos de intoxicação por metanol em bebidas adulteradas, as Vigilâncias Sanitárias de Santa Bárbara d’Oeste e Americana intensificaram suas ações em estabelecimentos comerciais. A medida é urgente e necessária, mas levanta uma questão incômoda: por que só lembramos que esse órgão existe quando há uma crise?
Fiscalização reativa, não preventiva
A atuação da Vigilância Sanitária deveria ser rotineira e constante, não apenas emergencial. Estabelecimentos como açougues, rotisseries, lanchonetes e restaurantes lidam diariamente com produtos perecíveis e práticas que, se não fiscalizadas, podem colocar em risco a saúde da população. No entanto, a percepção pública é de que a Vigilância só aparece quando há uma situação pontual que abala os grandes centros ou ganha repercussão estadual.
“A falsificação de bebidas configura crime contra a saúde pública”, alerta o órgão de Santa Bárbara, que agora reforça a fiscalização em bares, depósitos e supermercados.
Mas e os locais que servem comida todos os dias? Quem garante que os padrões de higiene estão sendo seguidos? A ausência de fiscalização visível nesses espaços alimenta a sensação de abandono e negligência.
Onde estão os fiscais?
A população raramente vê fiscais da Vigilância Sanitária em ação nos bairros. Muitos comerciantes sequer sabem quais são as exigências atualizadas, e consumidores não têm canais acessíveis para denunciar irregularidades. A fiscalização deveria ser uma presença constante — educativa, orientadora e, quando necessário, punitiva.
Hora de cobrar mais transparência
É preciso que os municípios tornem públicas as agendas de fiscalização, os critérios adotados e os resultados obtidos. A saúde pública não pode depender apenas de ações emergenciais. A Vigilância Sanitária tem um papel essencial na prevenção de surtos, na garantia da qualidade dos alimentos e na proteção da vida — e isso exige presença, não apenas reação.
Descubra mais sobre Vai Vendo Brasil Sp News
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
Um comentário em “Fiscalização Intensificada: Mas Onde Está a Vigilância Sanitária no Dia a Dia?”
teste