Van Hattem acusa Hugo Motta de calar oposição e transformar Câmara em “braço da ditadura”

Brasília — O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) elevou o tom contra o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), acusando-o de sufocar a atuação da oposição e de transformar o Legislativo em um “braço da ditadura no Brasil”.

A crítica surgiu após Motta negar o pedido de votação nominal do requerimento de urgência do chamado “projeto da censura”, que trata da regulação de conteúdos nas redes sociais. Segundo Van Hattem, a manobra impediu que parlamentares contrários ao projeto registrassem seus votos oficialmente.

“O presidente da Câmara, Hugo Motta, calou a oposição ao negar o direito de votação nominal do requerimento de urgência do projeto da censura. Motta sabia que somos contra, mas preferiu agradar Lula e o PT e nos tirar o direito ao voto”, declarou Van Hattem em vídeo publicado nas redes sociais.

Repressão à obstrução parlamentar

Além da polêmica sobre a votação, Van Hattem denunciou que Hugo Motta estaria articulando punições contra deputados de direita que utilizam mecanismos legais e regimentais de obstrução. Entre as medidas, estaria a suspensão cautelar de mandatos, o que o parlamentar classificou como autoritário.

“Quer agora punir os parlamentares de direita que fazem obstrução legal e regimental, suspendendo-nos cautelarmente! Sempre estarei contra qualquer tipo de censura e de ditadura!”, completou o deputado.

Clima de tensão no Congresso

A crise entre governo e oposição se intensificou após episódios de protesto no plenário, incluindo a ocupação simbólica da cadeira da presidência por Van Hattem e outros deputados. A ação foi interpretada por aliados de Motta como quebra de decoro, e há pedidos em curso para suspender o mandato do deputado por até seis meses.

O partido Novo saiu em defesa de Van Hattem, classificando as tentativas de punição como “perseguição política” e lembrando que partidos de esquerda já utilizaram estratégias semelhantes sem sofrer sanções.