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Com 19 votos favoráveis Câmara de Americana endossa o Pacote de Bondade no Jardim Boer

Minha-casa-minha-vida Com 19 votos favoráveis Câmara de Americana endossa o Pacote de Bondade no Jardim Boer
Foto: Divulgação/ Imagem ilustrativa

Projeto habitacional no Jardim Boer é vendido como avanço social, mas levanta dúvidas sobre quem realmente será beneficiado e quem lucra com a generosidade pública.

Por Jorge Ramos  Americana, São Paulo – Julho de 2025

A proposta de doação de terreno público no Jardim Boer aprovada pela Câmara de Americana parece, à primeira vista, um avanço na luta contra o déficit habitacional. Contudo, ao abrir o pacote de boas intenções, surgem questionamentos legítimos sobre quem de fato será beneficiado — e quem continuará à margem.

Um gesto promissor que precisa de estrutura

  • O projeto prevê no mínimo 300 unidades habitacionais para famílias com renda de até seis salários mínimos.

  • Embora isso se enquadre no programa Minha Casa, Minha Vida, o perfil atual da classe média brasileira muitas vezes não alcança esse teto, o que levanta dúvidas sobre a real inclusão social.

  • Ao mesmo tempo, o terreno avaliado em R$ 11,7 milhões, antes destinado a equipamentos públicos, será convertido para uso habitacional, sem garantias de creche, saúde ou mobilidade adequadas no entorno.

Empreendedorismo garantido — mas e o retorno social?

  • Com terreno doado pelo município e obra financiada via programas federais, o empreendedor assume praticamente nenhum risco.

  • O modelo torna-se atraente para o setor privado, onde o lucro é quase garantido — mas o benefício coletivo parece frágil.

  • E aí surge a questão: por que não direcionar essas moradias às famílias que realmente enfrentam a vulnerabilidade, com renda de até três salários mínimos?

A ausência de estudos compromete o futuro

  • Vereadores como Gualter Amado e Pastor Miguel Pires questionaram a falta de estudos de impacto urbano: água, esgoto, transporte público, educação e saúde são pontos críticos sem respostas concretas.

  • Sem planejamento técnico, o projeto pode criar gargalos sociais em vez de soluções habitacionais.

Entre o pragmatismo e a empatia

A construção de moradias populares é um passo vital — mas só é transformadora quando prioriza os mais vulneráveis, respeita o território e dialoga com a comunidade. Doar um bem público sem critérios claros de justiça social pode favorecer os que já têm vantagens, enquanto os que mais precisam seguem esperando por dignidade.

Conclusão Se há terreno, recursos e vontade política, que se use tudo isso para construir uma cidade mais justa — não apenas mais lucrativa.

“A boa política não é feita apenas de boas intenções, mas de boas decisões.” — Jorge Ramos


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