Avaliação negativa do governo Lula atinge 43%, aponta pesquisa Quaest

A mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4), revela que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta um índice elevado de avaliação negativa. Segundo o levantamento, 43% dos entrevistados consideram a gestão ruim ou péssima, enquanto apenas 26% avaliam positivamente o governo. Outros 28% classificam a administração como regular, e 3% não souberam ou não quiseram responder.

Os números indicam uma tendência de queda na aprovação do governo desde o final do ano passado. Em março, a avaliação negativa era de 41%, enquanto a positiva era de 27%. A pesquisa foi realizada entre os dias 29 de maio e 1º de junho, com 2.004 entrevistas em 120 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Impacto do escândalo do INSS

Essa é a primeira pesquisa da Quaest após a revelação do escândalo do INSS, que expôs um esquema de descontos ilegais em aposentadorias. O caso gerou forte repercussão e se tornou um dos principais temas explorados pela oposição, levantando preocupações entre governistas sobre o impacto na popularidade do presidente.

Comparação com pesquisas anteriores

Desde dezembro de 2024, a avaliação negativa do governo Lula aumentou significativamente. Naquele mês, 31% dos entrevistados consideravam a gestão ruim ou péssima. Em janeiro, esse número subiu para 37%, e agora atingiu 43%, o pior índice registrado no terceiro mandato do petista.

A pesquisa também revelou que 57% dos entrevistados desaprovam o governo, enquanto 40% o aprovam. Pela primeira vez, a desaprovação supera a aprovação entre católicos e eleitores com ensino fundamental.

Expectativas e desafios

O levantamento indica que 61% dos brasileiros acreditam que o país está na direção errada, um aumento em relação aos 56% registrados em março. Além disso, 45% dos entrevistados afirmam que o governo está pior do que esperavam.

Diante desse cenário, o governo Lula enfrenta o desafio de reverter a tendência de queda na aprovação e recuperar a confiança da população. A repercussão do escândalo do INSS e a percepção de dificuldades econômicas podem continuar influenciando a avaliação do governo nos próximos meses.