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Editorial: Enquanto os cofres municipais sangram, Brasília posa de herói

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Foto: Divulgação/ Secom Amer

Hipocrisia em Brasília: quem banca a assistência social são os municípios

O governo federal adora discursos inflamados e anúncios pomposos de programas sociais, vendendo a imagem de que Brasília é o “pai dos necessitados”. Parlamentares se aproveitam desse marketing barato, repetindo a narrativa de que a União é o coração da solidariedade nacional. Mas os números oficiais da Prefeitura de Americana mostram uma realidade bem diferente: quem paga a conta são os municípios.

Em 2025, Americana aplicou R$ 18.240.000,00 na rede socioassistencial. Desse total:

  • R$ 15.028.000,00 vieram dos cofres municipais

  • R$ 1.040.000,00 do governo estadual

  • R$ 2.172.000,00 do governo federal

Ou seja, mais de 82% do orçamento foi bancado pela prefeitura, enquanto Brasília aparece para a foto e mente sobre sua participação.

A matemática da hipocrisia

  • Proteção Básica: Municipal R$ 2.700.000,00 | Federal R$ 670.000,00

  • Proteção Especial: Municipal R$ 11.875.000,00 | Estadual R$ 1.040.000,00 | Federal R$ 1.150.000,00

  • Cadastro Único: Municipal R$ 171.000,00 | Federal R$ 352.000,00

  • FMDCA (Infância): Municipal R$ 282.000,00

Fonte oficial: Prefeitura de Americana – Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH).

A rede ignorada por Brasília

A SASDH mantém uma lista extensa de programas locais, todos sustentados majoritariamente com recursos municipais:

  • Pró 60+

  • Americana pela Primeira Infância

  • Americana por Elas

  • Futuro Certo

  • Americana Alimenta

  • Trabalho Legal

  • Mãe Americanense

  • Viva Leite

  • MigraRe

  • Projeto EnvelheSer

  • Americana Inclusiva

  • Protocolo de Atendimento à Mulher em Situação de Violência

  • Material de Letramento Racial

É uma rede que cobre da infância à velhice, passando por mulheres, migrantes e pessoas com deficiência. Brasília aparece no discurso, mas quem sustenta na prática são as prefeituras.

Conclusão editorial

O discurso federal não é apenas hipócrita — é mentiroso. Vende protagonismo social que não se sustenta nos números. Enquanto parlamentares se promovem com programas que mal financiam, os municípios sacrificam seus cofres para manter serviços essenciais.

O governo federal lança, os municípios pagam, e os defensores de Brasília faturam. O “pai dos necessitados” é, na verdade, um padrasto ausente.

 

Redação Vai Vendo Brasil


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