Ex-presidente realiza procedimento eletivo para corrigir hérnia inguinal bilateral, autorizada pelo STF após avaliação médica da Polícia Federal
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi internado nesta quarta-feira (24) para realizar, no dia seguinte, uma cirurgia eletiva de hérnia inguinal bilateral. O procedimento foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após avaliação médica da Polícia Federal, que apontou a necessidade da intervenção para evitar agravamento do quadro clínico.
A hérnia inguinal, também chamada de “hérnia na virilha”, ocorre quando tecidos internos do abdômen atravessam um ponto fraco da parede muscular abdominal, formando um abaulamento na região. Quando presente nos dois lados, recebe a classificação de bilateral. Pode causar dor, inchaço ou desconforto, especialmente em situações de esforço físico, tosse ou longos períodos em pé. Em alguns casos, no entanto, pode ser assintomática.
Apesar da indicação cirúrgica, os peritos destacaram que não havia urgência ou emergência para o procedimento, mas recomendaram a correção para prevenir complicações futuras. Além disso, os médicos analisaram o quadro de soluços persistentes de Bolsonaro e recomendaram o bloqueio do nervo frênico, técnica que reduz temporariamente a atividade do nervo responsável pelo controle do diafragma, ajudando a interromper crises resistentes a tratamentos convencionais.
De acordo com o cirurgião Pedro Bertevello, da BP, a hérnia é resultado de um defeito na parede abdominal, que pode estar presente desde o nascimento ou surgir ao longo da vida, especialmente após cirurgias realizadas em caráter de urgência.
Redação Vai Vendo Brasil
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