A ilusão estatística da prosperidade: quando o assistencialismo esconde a pobreza e abre rombos fiscais
Nos últimos meses, tornou-se comum ouvir defensores do governo petista exaltando números que apontam milhões de brasileiros “saindo da linha da pobreza” graças ao Bolsa Família e outros auxílios. Para eles, esses dados seriam prova incontestável de que o país está no caminho certo. Mas essa narrativa esconde uma realidade preocupante: o Brasil não está erradicando a pobreza, apenas maquiando-a com transferências de renda.
A maquiagem da pobreza
O governo contabiliza como “redução da pobreza” qualquer família que ultrapassa a linha oficial de renda mínima, mesmo que isso ocorra apenas por meio de benefícios.
Na prática, essas famílias continuam sem renda própria, sem emprego estável e sem perspectivas de autonomia.
O resultado é uma estatística otimista que não reflete a realidade das ruas, onde a dependência do Estado permanece intacta.
O rombo fiscal
Enquanto comemora números artificiais, o governo amplia gastos públicos sem contrapartida de crescimento econômico.
O déficit primário cresce, e a dívida pública se expande.
Essa irresponsabilidade fiscal não desaparece: será paga nos próximos anos por toda a sociedade, em forma de inflação, juros altos e menos investimento produtivo.
O que hoje é vendido como “generosidade social” pode se transformar em crise econômica futura.
O verdadeiro combate à pobreza
Erradicar a pobreza exige muito mais do que ampliar auxílios:
Educação de qualidade para formar mão de obra competitiva.
Geração de empregos que ofereçam dignidade e estabilidade.
Incentivo ao empreendedorismo e ao setor produtivo.
Gestão fiscal responsável, que garanta sustentabilidade e confiança.
Sem isso, o Brasil continuará preso ao ciclo vicioso da dependência, onde milhões sobrevivem de esmolas oficiais, mas não conquistam liberdade econômica.
A teimosia petista em afirmar que este governo é “bom” revela mais uma vez a força da narrativa sobre a realidade. O país não está ficando mais rico; está apenas se endividando para sustentar estatísticas artificiais. O verdadeiro desafio não é maquiar a pobreza, mas criar condições para que os brasileiros possam viver sem depender de auxílios.
Jorge Ramos é Jornalista, comentarista político, articulista e cronista, consultor financeiro e securitário, graduado em Administração/Gestão Pública e pós-graduado em Direito Constitucional.
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