CPMI do INSS: Jovem de 28 anos é acusado de movimentar bilhões em fraudes contra aposentados

Brasília – 10 de novembro de 2025 A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS expôs nesta segunda-feira um dos maiores escândalos recentes envolvendo benefícios previdenciários. O empresário Igor Dias Delecrode, de apenas 28 anos, foi chamado a depor sobre um esquema que teria movimentado bilhões de reais em descontos indevidos de aposentados e pensionistas.

O depoimento

Durante a sessão, Delecrode — dirigente da Associação de Amparo Social ao Aposentado e Pensionista (AASAP) — permaneceu em silêncio, amparado por decisão do ministro Gilmar Mendes. A atitude gerou forte reação entre os parlamentares.

“É a vitória da impunidade”, disparou um dos senadores presentes. “Estamos diante de um sistema de previdência aberto ao roubo”, afirmou o relator da CPMI.

O esquema

• Jovens empresários, apelidados de “golden boys”, criaram associações e empresas que se beneficiaram de Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) firmados com o INSS.

• Esses ACTs permitiam que descontos automáticos fossem feitos diretamente nos benefícios previdenciários, sem autorização clara dos aposentados.

• O resultado foi um rombo bilionário, com milhares de idosos lesados em todo o país.

Repercussão política

• Parlamentares acusam o STF de blindar investigados ao permitir silêncio nos depoimentos.

• A CPMI promete avançar nas investigações para identificar os beneficiários do esquema e propor medidas de ressarcimento.

• O caso reacendeu o debate sobre a necessidade de maior fiscalização nos contratos do INSS e sobre os limites da atuação do Judiciário em investigações parlamentares.

Próximos passos

A comissão deve ouvir novos dirigentes de associações e representantes de bancos e fintechs envolvidos nos ACTs. O objetivo é rastrear o fluxo financeiro e responsabilizar os envolvidos.

Em resumo: um jovem de 28 anos tornou-se símbolo de um escândalo que expôs falhas graves na fiscalização do INSS e abriu uma crise política entre Congresso e Judiciário.