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Artigo: O centro de Americana está morrendo. E a Estapar está vendendo os ingressos para o enterro.

Channel-5- Artigo: O centro de Americana está morrendo. E a Estapar está vendendo os ingressos para o enterro.
Imagem: Criação I-A Copilot/ Foto: Divulgação/ Arte: VVB Sp News

Enquanto o shopping inaugura com tapete vermelho, o centro de Americana afunda sob o peso da Estapar e do perfume industrial da Suzano

Enquanto o Americana Shopping inaugura com tapete vermelho, estacionamento por R$10, ar-condicionado e promessas de 2 mil empregos, o centro da cidade segue afundando — com calçadas rachadas, vitrines vazias e uma operadora de estacionamento que cobra caro até pelo erro de quem tenta fazer o certo.

A Estapar, que deveria ser parceira do comércio local, virou símbolo da decadência urbana. Não oferece tolerância para quem busca o totem, não facilita para quem não usa o aplicativo, e ainda aplica tarifas que beiram o absurdo. R$27 para estacionar onde antes se comprava com prazer.

Não é só uma questão de preço. É uma questão de lógica. De respeito. De sobrevivência.

A pá de cal chegou — e tem praça de alimentação

A inauguração do Americana Shopping, em 30 de outubro de 2025, não é apenas um evento comercial. É um divisor de águas. Um marco. Uma pá de cal sobre o comércio da região central. Enquanto o shopping oferece conforto, segurança e conveniência por R$10, o centro oferece calor, insegurança e cobrança sem diálogo. E quem perde é o comerciante, o consumidor, o cidadão que ainda acredita na cidade.

A Estapar e sua lógica torta

A Estapar não está apenas cobrando pelo espaço — está cobrando pela desistência. Pela fuga do centro. Pela morte lenta de uma região que já foi o coração pulsante de Americana. Não há cortesia, não há empatia, não há visão. Só há cobrança.

E no ar, o perfume da ironia

Mas não se preocupe: seja no centro decadente ou no shopping reluzente, o ar de Americana continua aromatizado com o inconfundível Chanel nº5 da Suzano. Uma fragrância industrial que atravessa bairros, invade pulmões e lembra a todos que, aqui, até respirar tem patrocínio.

É hora de parar de reclamar em silêncio

O centro não precisa de ajuda para morrer — já tem a Estapar. O shopping chegou com tapete vermelho. O centro ficou com o asfalto rachado. E a Estapar, com sua tarifa sem tolerância, está lá, firme, vendendo os últimos ingressos para o enterro do comércio local. Enquanto isso, a Suzano borrifa sua assinatura no ar — porque em Americana, até o oxigênio tem dono.

Jorge Ramos Jornalista, comentarista político, articulista e cronista. Consultor financeiro e securitário. Graduado em Administração com ênfase em Gestão Pública e pós-graduado em Direito Constitucional.


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