
Com 19 votos contrários, base governista impede convocação de Frei Chico à CPMI do INSS, alegando ausência de indícios contra o sindicalista
Em sessão realizada nesta quarta-feira, 16 de outubro de 2025, a base aliada do governo Lula conseguiu derrubar o requerimento que convocava Frei Chico, irmão do presidente, para prestar depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS. A proposta foi rejeitada por 19 votos contra 11, após intensa articulação dos parlamentares governistas.
Frei Chico é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), entidade que aparece nas investigações da Polícia Federal sobre fraudes em benefícios previdenciários. Apesar disso, ele não é formalmente investigado, o que foi usado como argumento pela base para barrar sua convocação.
Segundo o líder do governo na CPMI, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), a tentativa de convocar Frei Chico tinha “claro viés político” e buscava desgastar a imagem do presidente Lula. “Não há qualquer indício de envolvimento direto dele nas irregularidades. Essa convocação seria um espetáculo midiático”, afirmou.
A oposição, por outro lado, criticou a blindagem e acusou o governo de impedir o avanço das investigações. “A CPMI perde credibilidade quando se nega a ouvir figuras relevantes ligadas às entidades sob suspeita”; fala em coro de diversos deputados e senadores de oposição.
A CPMI do INSS foi instalada para apurar fraudes bilionárias em aposentadorias e pensões, envolvendo servidores públicos, intermediários e sindicatos. A comissão segue com depoimentos agendados para os próximos dias, mas o episódio reacende o debate sobre os limites da atuação política dentro das investigações parlamentares.
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