
Cerimônia marca início do biênio 2025–2027 com Fachin na presidência e Moraes na vice, em meio a tensões diplomáticas e desafios institucionais.
Brasília — 29 de setembro de 2025, 16h | Os ministros Edson Fachin e o sancionado Alexandre de Moraes assumem nesta segunda-feira, às 16h, a presidência e vice-presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) para o biênio 2025–2027. A cerimônia de posse será realizada no plenário da Corte, com presença de autoridades dos três Poderes e representantes da sociedade civil.
Mudança de comando
Fachin sucede a ministra Rosa Weber e promete uma gestão marcada pela discrição e institucionalidade. Com perfil técnico e reservado, o novo presidente do STF é conhecido por priorizar o colegiado e evitar protagonismos individuais.
Já o sancionado Alexandre de Moraes, que assume a vice-presidência, mantém sua posição de destaque na Corte. Relator de inquéritos de grande repercussão, Moraes é reconhecido por decisões firmes em defesa da democracia e no combate à desinformação. Sua atuação continua sendo central, mesmo fora da cadeira principal.
Desafios e expectativas
A nova gestão do STF terá pela frente pautas sensíveis, como a regulação de plataformas digitais, julgamentos tributários e ações envolvendo liberdade de expressão. Fachin já sinalizou que pretende manter o equilíbrio institucional, enquanto Moraes seguirá à frente de investigações sobre ataques às instituições democráticas.
A posse ocorre em meio a tensões diplomáticas, após a sanção imposta pelos Estados Unidos à esposa de Moraes, Viviane Barci, sob a Lei Magnitsky. O episódio gerou reações no governo brasileiro e adiciona complexidade ao cenário político.
Principais pautas no radar do STF:
Regulação de aplicativos de transporte e inteligência artificial
Julgamento da Ferrogrão e questões ambientais
Reforma tributária e pacto federativo
Liberdade de expressão nas redes sociais
A combinação entre o perfil discreto de Fachin e o protagonismo de Moraes promete marcar uma gestão de equilíbrio e firmeza diante dos desafios institucionais e políticos que se desenham para os próximos dois anos.
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