
Ministro Alexandre de Moraes autoriza aliados políticos e religiosos a visitarem o ex-presidente, que cumpre prisão domiciliar em Brasília.
Brasília – 15 de setembro de 2025 O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que o ex-presidente Jair Bolsonaro receba diversas visitas em sua residência, onde cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto. Entre os autorizados está o deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE), relator do projeto de lei que propõe anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro. A visita está marcada para o dia 22 de setembro.
Outra visita autorizada é a do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, prevista para ocorrer no dia 29 de setembro, entre 9h e 18h. Tarcísio, ex-ministro da Infraestrutura no governo Bolsonaro, é considerado um dos principais aliados políticos do ex-presidente.
Além deles, Moraes liberou a entrada de outros nomes próximos a Bolsonaro, como o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; o deputado Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ); os senadores Wilder Morais (PL-GO) e Rogério Marinho (PL-RN); e o ex-ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida. Amigos da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também foram autorizados para reuniões de oração.
As visitas estavam restritas desde que Moraes identificou tentativas de burlar proibições judiciais por meio do uso de redes sociais dos filhos de Bolsonaro. As medidas cautelares foram impostas no âmbito de um inquérito que investiga a atuação de Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) junto ao governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, para promover retaliações contra autoridades brasileiras, incluindo ministros do STF.
Na semana anterior, Bolsonaro e outros sete réus foram condenados pela Primeira Turma do STF por envolvimento na trama golpista. Os crimes incluem:
Organização criminosa armada
Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
Golpe de Estado
Dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado
A decisão reacende o debate sobre os limites das medidas cautelares e o papel do Judiciário na condução de processos envolvendo figuras públicas de grande influência política.
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