
Advogado de Augusto Heleno contesta acusações do Ministério Público e destaca testemunhas de alto escalão em julgamento no STF
Brasília — 3 de setembro de 2025 Durante sessão no Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado do general Augusto Heleno, Matheus Milanez, fez duras críticas ao Ministério Público, acusando o órgão de “faltar com a verdade” ao questionar a relevância das testemunhas apresentadas pela defesa.
Milanez rebateu a alegação do MP de que os depoentes seriam de “baixo escalão” e sem acesso ao núcleo decisório da suposta organização criminosa. “Temos o vice-presidente da República, o ministro da Saúde, o diretor da Segurança Presidencial. Baixo escalão, excelências? Só se eu trouxesse o presidente Bolsonaro para falar aqui”, ironizou o advogado.
Afastamento de Heleno de Bolsonaro
Outro ponto levantado pela defesa foi o suposto afastamento entre Heleno e o ex-presidente Jair Bolsonaro na segunda metade do mandato. Milanez citou reportagens da imprensa como prova de que o general teria se distanciado das decisões centrais do governo, embora tenha permanecido no cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) até o fim da gestão.
“O afastamento é comprovado. Por mais que o MP diga que não foi completo, é evidente que, se fosse, ele teria deixado o governo”, argumentou Milanez.
Réus do núcleo central
Além de Bolsonaro, o chamado “núcleo 1” da investigação sobre o plano de golpe inclui outros sete réus, entre eles Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin e atual deputado federal.
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