
Partidos do centrão oficializam saída do governo e reforçam apoio à base bolsonarista em meio ao julgamento por tentativa de golpe.
Brasília (DF) — Em um movimento que promete reconfigurar o cenário político nacional, os partidos União Brasil e Progressistas (PP) decidiram nesta terça-feira (2) deixar oficialmente o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão foi tomada após reunião entre os presidentes das siglas, Antonio Rueda (União Brasil) e Ciro Nogueira (PP), e marca também o apoio conjunto a um projeto de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Com o anúncio, os ministros André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo), ambos deputados licenciados por suas respectivas legendas, devem deixar seus cargos até o fim do mês. A medida ocorre no mesmo dia em que tem início o julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe, aumentando o peso simbólico da decisão.
Apesar do desembarque formal, aliados estratégicos dos partidos devem permanecer no governo. Entre eles, Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico de Siqueira Filho (Comunicações), ambos ligados ao senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), além de Carlos Vieira, presidente da Caixa Econômica Federal, indicado por Arthur Lira (PP-AL).
A saída dos partidos ocorre após Lula cobrar maior fidelidade dos ministros do centrão em reunião ministerial. Segundo fontes internas, a pressão para o rompimento já vinha crescendo, especialmente entre lideranças como Rueda e Nogueira, que defendiam uma postura mais alinhada à oposição.
Com essa movimentação, União Brasil e PP sinalizam uma nova fase de articulação política, reforçando laços com a base bolsonarista e reacendendo o debate sobre a polarização no Congresso.
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