
Com Omar, Maria Giovana e Thiago Brochi se movimentando rumo ao Executivo, e Odir Demarchi como favorito da máquina, Americana vive uma prévia agitada para 2028 — enquanto a eleição de 2026 promete redefinir alianças
A temperatura política em Americana subiu antes mesmo da virada do calendário: com as eleições municipais de 2028 à vista, lideranças locais já se articulam, e o tabuleiro começa a tomar forma com alianças e estratégias que passam, inevitavelmente, pela eleição nacional de 2026.
O ex-prefeito Omar Najar (MDB), que governou Americana entre 2015 e 2020, é cotado para retornar à disputa. Seu nome ainda ressoa entre os eleitores, especialmente pela expressiva votação que teve na reeleição de 2016, quando obteve 92 mil votos, o equivalente a 72,71% dos votos válidos. Esse capital político pode ser decisivo caso ele confirme sua candidatura para 2028. Omar já começou a conversar com figuras-chave do cenário municipal, sinalizando disposição para uma eventual candidatura.
Entre os aliados em potencial aparece o vereador Thiago Brochi (PL), atualmente em seu terceiro mandato, que presidiu a Câmara Municipal no biênio 2023–2024. Apesar de já ter deixado o posto, Brochi segue ativo como membro de comissões importantes e dá sinais claros de que deseja disputar o cargo de prefeito em 2028. Nos bastidores, ele busca apadrinhamento político, articula com lideranças estaduais e avalia mudanças de partido — tudo para se habilitar como candidato ao Executivo.
Recentemente, Brochi desembarcou da base governista após votar contra o projeto de aumento do IPTU, o que resultou na perda de cinco cargos ligados à administração municipal. O gesto foi interpretado como um rompimento definitivo com o grupo do prefeito Chico Sardelli, reforçando sua intenção de seguir um caminho independente rumo à disputa de 2028. Ele também aparece em encontros estratégicos com Omar, fortalecendo especulações de uma possível composição como vice-prefeito ou como parte de uma frente de apoio.
Por outro lado, o nome que desponta como candidato da máquina, ou seja, o preferido da atual administração para suceder Chico Sardelli, é o atual vice-prefeito Odir Demarchi (PSD). Reeleito em 2024, Odir já assumiu interinamente a prefeitura e tem investido em comunicação direta com a população, buscando se consolidar como sucessor natural. Vídeos biográficos, presença nas redes sociais e apoio da base governista colocam Odir como o nome mais forte dentro do grupo que comanda o Executivo — embora sua candidatura enfrente desafios, como críticas sobre seu perfil técnico-administrativo.
Outro nome que pode embaralhar o jogo é o da ex-vereadora Maria Giovana Fortunato (PDT). Ela disputou as últimas duas eleições ao Executivo e, em ambas, figurou como segunda colocada, com destaque para os 29.562 votos obtidos em 2020. Em 2024, mesmo com menos concorrentes, sua votação caiu, mas ela segue com forte presença política e já declarou que não disputará cargos parlamentares em 2026, justamente para se preparar para a sucessão municipal. Na ausência de um herdeiro político direto de Chico Sardelli, Maria Giovana e Omar Najar podem acabar protagonizando a disputa principal, caso ambos confirmem suas candidaturas.
A corrida pela prefeitura de Americana em 2028 será intensa — e terá como pano de fundo as movimentações nacionais de 2026. Os resultados das eleições federais e estaduais devem redefinir forças partidárias, afetando diretamente o cenário local. As alianças construídas até lá poderão mudar o rumo dos projetos individuais e definir quem chega com força real ao pleito municipal.
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