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Editorial: Quando o Roteiro da Política Flerta com a Comédia

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Foto: Ricardo Stuckert / PR

Entre ironias e contradições, líderes progressistas se reúnem no Chile com promessas de fortalecer a democracia enquanto enfrentam críticas sobre liberdade de expressão em seus próprios países.

A reunião “Democracia Sempre”, realizada em Santiago com a presença de líderes majoritariamente à esquerda — como Lula, Boric, Petro e Sánchez — teve como eixo central a defesa das instituições democráticas frente ao extremismo global. Mas para muitos observadores, o evento flertou com a ironia. Afinal, em um momento em que alguns desses governos são acusados de restringir liberdades, bloquear vozes dissidentes nas redes sociais e aprovar legislações de controle digital, falar de democracia soa — no mínimo — contraditório.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira (21), que a defesa da democracia não é função apenas dos governos eleitos em cada país, mas também depende da participação dos cidadãos e da confiança nas instituições. Lula participou, em Santiago, no Chile, de reunião de alto nível sobre a defesa da democracia, organizada pelo presidente chileno Gabriel Boric.ebc Editorial: Quando o Roteiro da Política Flerta com a Comédiaebc Editorial: Quando o Roteiro da Política Flerta com a Comédia

“Nesse momento em que o extremismo tenta reeditar práticas intervencionistas, precisamos atuar juntos. A defesa da democracia não cabe somente aos governos. Requer participação ativa da academia, dos parlamentos, da sociedade civil, da mídia e do setor privado”, disse o brasileiro em declaração à imprensa após o encontro.

O paradoxo narrativo

É como se os autores do roteiro estivessem interpretando papéis que desafiam o próprio enredo. Defende-se o pluralismo enquanto se regulam algoritmos e silenciam opositores. Propõe-se governança digital global, mas sem abrir espaço para o contraditório. É compreensível, então, que a reunião tenha sido vista por alguns setores como uma performance política cercada de boas intenções e nuances de comédia involuntária.

 “O encontro parecia mais uma encenação do ideal democrático do que um exercício real de escuta plural”, comentou um editorialista da imprensa independente.

Democracia exige mais do que narrativa

Ironias à parte, o episódio revela um ponto importante: não basta que governos se digam democráticos — é preciso praticar a democracia em sua forma mais plena, onde críticas, divergências e liberdades coexistem com o diálogo institucional.


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