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Lula defende o Pix criado sob Temer e Campos Neto, e expõe contradições políticas

Lula Lula defende o Pix criado sob Temer e Campos Neto, e expõe contradições políticas
Foto: Wilton Junior/ Estadão

Criado sob gestões criticadas pelo PT, o Pix agora é exaltado por Lula como símbolo nacional — revelando uma política marcada por pragmatismo e conveniência

Brasília — Em pronunciamento recente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa do sistema de pagamentos Pix, classificando-o como “patrimônio do povo brasileiro” e prometendo usar todos os instrumentos legais para proteger a economia nacional. A fala ocorre em meio à investigação comercial aberta pelos Estados Unidos, sob Donald Trump, que inclui o Pix como fator de concorrência desleal.

A defesa de Lula contrasta com o histórico político do sistema. O Pix foi desenvolvido pelo Banco Central durante o governo Michel Temer, sob a liderança de Roberto Campos Neto — ambos alvos de críticas recorrentes do Partido dos Trabalhadores. Temer foi rotulado como “golpista” após o impeachment de Dilma Rousseff, e Campos Neto é frequentemente associado ao bolsonarismo por sua atuação durante o governo Jair Bolsonaro.

Criação sob críticas

O lançamento do Pix em 2020 foi celebrado como uma revolução nos pagamentos digitais, mas sua origem técnica foi marcada por resistência ideológica. Setores da esquerda viam com desconfiança a gestão do Banco Central, especialmente por sua agenda liberal e aproximação com o mercado financeiro. Campos Neto foi criticado por manter juros elevados e por sua atuação considerada alinhada ao governo Bolsonaro.

Defesa de conveniência

Agora, diante de ameaças externas, Lula assume a defesa do Pix como símbolo de soberania nacional. “Não aceitaremos ataques ao Pix, que é um patrimônio do nosso povo. Temos um dos sistemas de pagamento mais avançados do mundo, e vamos protegê-lo”, afirmou o presidente. A mudança de postura revela um pragmatismo político que, embora comum, levanta questionamentos sobre a coerência ideológica dos discursos públicos.

Política sem consistência?

A adoção e exaltação de um sistema criado por adversários políticos expõe uma prática recorrente na política brasileira: a defesa de conveniência. O mesmo Pix que nasceu sob gestões criticadas pelo PT agora é exaltado como exemplo de inovação nacional. A retórica muda conforme o interesse, e a coerência parece ser secundária diante da popularidade e funcionalidade de uma política pública.

Reações e contexto internacional

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também criticou a postura dos EUA, afirmando que o Brasil está sendo “sacrificado por um soldado”, em referência ao apoio de Trump a Bolsonaro. O governo brasileiro promete recorrer à Organização Mundial do Comércio e à Lei da Reciprocidade para enfrentar as sanções comerciais.


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