
Uma Crítica à Vaidade do STF
Por Jorge Ramos
A ação, liderada pelo presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, visa retribuir presentes recebidos durante visitas oficiais. No entanto, a criação do “STF Fashion” levanta questões sobre a vaidade e a imagem da Suprema Corte.
Uma Crítica à Vaidade do STF
A distribuição de gravatas e lenços temáticos evidencia uma possível desconexão entre o STF e as reais necessidades da população brasileira. Enquanto a sociedade enfrenta desafios econômicos e sociais significativos, a Corte parece focada em promover uma imagem de poder e elegância.
A iniciativa de vender esses itens na Livraria do STF e destinar os valores arrecadados aos cofres da União pode ser vista como uma tentativa de legitimar a ação. No entanto, a venda de produtos como gravatas, lenços, canecas, canetas, cadernos e chaveiros na loja do Supremo levanta questões sobre a prioridade dada pela Corte às suas funções constitucionais.
STF Fashion: Vaidade ou Necessidade?
Em uma declaração, Barroso afirmou: “Faço apenas o registro, porque não passará despercebido, do novo departamento, o ‘STF Fashion’. Nós lançamos uma gravata do Supremo Tribunal Federal, que todos estamos utilizando, e, para as mulheres, um lenço belíssimo, como o que está com a ministra Cármen Lúcia.”
Essa atitude pode ser interpretada como uma tentativa de reforçar a imagem do STF como uma instituição de prestígio, mas também levanta dúvidas sobre a percepção pública da Corte. Em um momento em que a transparência e a eficiência do poder público são fundamentais, iniciativas como essa podem ser vistas como um desvio de foco das questões realmente importantes para a população.
Conclusão
A criação do “STF Fashion” e a distribuição de mimos entre os ministros refletem uma preocupação com a imagem e a vaidade da Corte. Embora a venda dos itens possa gerar recursos para a União, é essencial que o STF se concentre em suas funções constitucionais e nas necessidades da sociedade brasileira. A crítica à vaidade e à promoção da imagem deve ser um alerta para que as instituições públicas priorizem o interesse coletivo e o bem-estar da população.
Jorge Ramos é Jornalista, Comentarista Político, Consultor Financeiro e securitário, graduado em Administração/Gestão Pública e pós-graduado em Direito Constitucional.
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