
Artigo de Opinião por Jorge Ramos
A chegada de seis novos vereadores à Câmara Municipal de Americana gerou grande expectativa entre os cidadãos. Muitos esperavam uma renovação nas práticas políticas e uma abordagem mais moderna e eficiente na gestão pública. No entanto, já nos primeiros dias do ano, é possível observar que alguns dos novos vereadores adotaram um sistema populista de trabalho, semelhante ao de seus antecessores.
É importante lembrar que a função de um vereador vai além de promessas e discursos populistas. Vereadores têm a responsabilidade de legislar, fiscalizar o Executivo e representar os interesses da população. Eles devem atuar com transparência, ética e compromisso com o bem-estar coletivo. Indicações e pedidos para tapar buracos, podar árvores e outras demandas operacionais não são funções do legislador. Ao agir como seus antecessores, o cargo de vereador se torna cada vez mais depreciativo, e a população começa a enxergá-los como meros bonecos de donos.
Ainda é cedo para fazer um julgamento definitivo sobre o desempenho dos novos vereadores. No entanto, é válido questionar se eles realmente compreendem a complexidade e a importância de suas funções. A adoção de práticas populistas pode ser um indicativo de que alguns deles ainda não estão preparados para enfrentar os desafios que a função exige.
A população de Americana deve continuar atenta e cobrar dos vereadores uma atuação responsável e comprometida com o desenvolvimento da cidade. É fundamental que os novos representantes demonstrem, ao longo de seus mandatos, que estão dispostos a trabalhar pelo bem comum e a buscar soluções efetivas para os problemas enfrentados pela comunidade.
Os novos vereadores poderiam elevar muito o nível de trabalho do legislativo de Americana, mas entraram na mesma situação dos outros, agradando a meia dúzia de cidadãos que os elegeram em troca de uma vaga na creche, uma poda de árvore, uma lombada, uma visita e um vídeo demagógico na porta do hospital, enquanto a saúde está sendo administrada por terceiros e não com qualidade. Além disso, as visitas aos secretários e as postagens nas redes sociais como se estivessem trabalhando são mais do mesmo. Parabenizar e, às vezes, idolatrar o prefeito, demonstrando servilismo e sabujismo, também não contribui para a fiscalização efetiva do bom uso do dinheiro público. A renovação do contrato com a OS de saúde e a ausência do secretário de saúde na cidade são exemplos claros de situações que exigem uma fiscalização rigorosa e transparente.
As possíveis trocas com o Executivo, onde vereadores servem ao prefeito em troca de cargos para pessoas de seus grupos políticos, também precisam acabar. Esse tipo de prática apenas perpetua a corrupção e a ineficiência no uso dos recursos públicos. Como disse Margaret Thatcher, “não existe dinheiro público, e sim dinheiro da população.”
Em resumo, essas práticas são um componente claro de que o objetivo de quando se candidataram já foi esquecido logo no começo de seus mandatos. Mas a esperança é a última que morre.
Em última análise, a verdadeira mudança não virá apenas com a renovação dos nomes na Câmara, mas com a transformação das práticas políticas e a adoção de uma postura mais ética e transparente por parte dos vereadores. A esperança é que, com o tempo, os novos representantes compreendam a importância de suas funções e atuem de acordo com os princípios que a população espera e merece.
A população está de saco cheio da demagogia, populismo e mais do mesmo.
Jorge Ramos é Jornalista, Comentarista Político, Consultor financeiro e securitário, graduado em Administração/ Gestão Pública e Pós graduado em Direito Constitucional
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