
A funcionária da OS (Organização Social) Santa Casa de Chavantes disse à polícia que vendia os remédios para “fins recreativos”
Na noite desta quarta-feira (4), a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), surpreendeu uma auxiliar de farmácia do Hospital Municipal de Americana em uma trama digna de roteiro cinematográfico. A funcionária, de 35 anos e moradora do Parque Residencial do Lago, em Santa Bárbara d’Oeste, estava envolvida em um esquema de furto e revenda de medicamentos psicotrópicos.
Mas não se trata apenas de um típico caso de desvio de remédios. A auxiliar, aparentemente inspirada por uma criatividade duvidosa, vendia essas substâncias pelo WhatsApp a usuários “para fins recreativos”. Sim, você leu corretamente: morfina, fentanil e anestésicos eram comercializados como se fossem ingressos para uma festa clandestina. E, para completar o pacote, golpes estilo “Boa Noite Cinderela” também estavam à venda.
A prisão ocorreu quando a funcionária deixava o hospital ao lado de um familiar, que também foi detido e posteriormente liberado após a operação da DIG. Os investigadores, verdadeiros detetives modernos, vasculharam sistemas policiais e fontes abertas de informação. Eles conseguiram identificar a mulher, seu turno de serviço e até mesmo prints de diálogos comprometedores com terceiros.
Inicialmente, a auxiliar negou o crime, mas sua atuação dramática não convenceu os policiais. Quando soube que a polícia faria uma diligência em seu espaço de trabalho, ela apresentou “demasiado nervosismo” e acabou confessando. Aparentemente, o acesso facilitado aos medicamentos dentro do hospital a levou a furtar morfina, fentanil e morfina, oferecendo-os a interessados que buscavam uma experiência “recreativa”.
E não para por aí. Na bolsa dela, encontraram uma ampola do medicamento Acetato de Betametasona, além de diversos comprimidos e pomadas de medicamentos variados. Mas a verdadeira surpresa estava em sua residência: uma quantidade considerável de medicamentos, incluindo a famosa Ketamina, um anestésico dissociativo conhecido por alguns como “Key” ou “K”.
A Santa Casa de Chavantes, em nota, afirmou que já estava apurando o desvio de medicamentos internamente. O delegado responsável pela DIG, Filipe Rodrigues de Carvalho, esclareceu que essa ação foi exclusivamente da DIG e que não havia recebido denúncias anteriores.
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