
Em entrevista à rádio FM O Tempo, durante visita a Minas Gerais, Lula ainda afirmou que o patamar atual da taxa Selic, a 10,50% ao ano, é "irreal", defendendo que a inflação está "controlada"
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar a interrupção da queda na taxa de juros, recentemente determinada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), e a atacar o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Em entrevista à Rádio FM O Tempo nesta sexta-feira, 28, o petista afirmou que o percentual de 10,5% para a Selic “é irreal para uma inflação de 4%” e que “não tem necessidade”. Ele acrescentou: “Isso vai melhorar quando eu puder indicar o presidente do Banco Central, e vamos construir uma nova filosofia”.
Lula também declarou que o economista “pensa ideologicamente igual” ao governo anterior e que “não está fazendo o que deveria fazer corretamente”. Ele pretende escolher um substituto “responsável” para iniciar o mandato no próximo ano.
Além disso, Lula associou a alta na cotação do dólar à especulação, em vez da desconfiança do mercado sobre o controle dos gastos do governo. Ele defendeu a abertura de uma investigação pelo Banco Central sobre a suposta especulação com derivativos para valorizar o dólar.
Na mesma entrevista à Rádio FM O Tempo, Lula afirmou que “o dólar está subindo porque tem especulação com derivativos” para enfraquecer a moeda brasileira. Declarações similares já haviam sido feitas na quinta-feira, 27, quando o presidente deu uma entrevista ao portal UOL. Posteriormente, Lula ironizou que manchetes atribuíram a valorização da moeda americana sobre o real a suas falas.
Ele reforçou: “Nós descobrimos que o dólar tinha subido 15 minutos antes da entrevista. E ontem (quinta-feira) eu fiz a denúncia: por que o dólar está subindo? Porque tem especulação. Tem especulação com derivativos na perspectiva de valorizar o dólar e desvalorizar o real. E o Banco Central tem a obrigação de investigar isso.”
Fonte: Estadão / Rádio FM O Tempo
Descubra mais sobre Vai Vendo Brasil Sp News
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.