Na tarde desta segunda-feira (25), o Tribunal de Justiça de São Paulo informou que foi determinado o cumprimento imediato da ordem de intimação para impedir a realização do evento em homenagem à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) no Theatro Municipal.
O vereador Rinaldi Digilio (União Brasil), a Câmara Municipal e a Prefeitura de São Paulo serão notificados sobre a decisão da 10ª Câmara de Direito Público, que vetou a cerimônia no local, proferida na sexta-feira (22).
Apesar da decisão da Justiça, Digilio prosseguiu com a organização do evento nesta segunda-feira, alegando que ainda não havia sido notificado da decisão.
O desembargador Martin Vargas determinou que a cerimônia ocorra na Câmara Municipal de São Paulo, sob pena de multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento.
Parlamentares do PSOL acionaram a Justiça e o Ministério Público Eleitoral de São Paulo para barrar a cerimônia de entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama, argumentando que essas cerimônias geralmente ocorrem na própria Câmara Municipal devido à capacidade limitada do espaço legislativo para acomodar todos os convidados, enquanto o Theatro Municipal possui uma capacidade maior.
Anteriormente, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), defendeu a decisão de ceder o Theatro Municipal para a homenagem, destacando que o espaço já foi utilizado para diversos outros eventos públicos e que a homenagem foi aprovada na Câmara Municipal.
Nunes também ressaltou que questionar a homenagem apenas por se tratar da esposa de Jair Bolsonaro (PL) não é benéfico para a democracia.
