
Três casos suspeitos da doença foram registrados em Campinas, Jundiaí e Hortolândia
O Instituto Adolfo Lutz está investigando um terceiro caso de morte por febre maculosa, uma doença transmitida pelo carrapato, no estado de São Paulo. O primeiro caso foi confirmado na última segunda-feira (12). Trata-se de uma dentista de 36 anos, residente na cidade de São Paulo, cuja infecção foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde de Campinas como tendo sido adquirida na própria cidade. Em 27 de maio, a mulher esteve em um evento em uma fazenda na região leste de Campinas, que é o local provável de infecção.
O Instituto está investigando mais dois casos de pessoas que estiveram no mesmo evento e faleceram com sintomas semelhantes. Esses casos são o namorado da primeira vítima, um homem de 42 anos que residia em Jundiaí, e uma mulher de 28 anos de Hortolândia. Os três faleceram em 8 de junho. Os casos foram suspeitos de febre maculosa, dengue ou leptospirose.
A febre maculosa é uma doença bacteriana transmitida pelo carrapato. No Brasil, os principais vetores são os carrapatos do gênero Amblyomma, como o conhecido carrapato-estrela. Esses carrapatos costumam parasitar animais domésticos, como cães e cavalos, e também animais selvagens, como capivaras.
É importante destacar que o carrapato é o agente que carrega a bactéria responsável pela febre maculosa. Após a picada do carrapato, a bactéria começa a destruir as células nas paredes dos vasos sanguíneos, o que leva aos sintomas da doença. A febre maculosa não é transmitida diretamente de pessoa para pessoa, apenas por meio da picada do carrapato.
Os sintomas da febre maculosa incluem febre, dor de cabeça intensa, náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal, dor muscular, inchaço e vermelhidão nas palmas das mãos e sola dos pés, gangrena nos dedos e orelhas, além de paralisia que começa nas pernas e pode chegar aos pulmões, causando parada respiratória.
O diagnóstico preciso da febre maculosa pode ser desafiador, e a doença tem uma alta taxa de letalidade. É importante que os profissionais de saúde considerem a possibilidade de febre maculosa em pacientes com sintomas compatíveis, especialmente aqueles que estiveram em áreas rurais ou tiveram contato com animais parasitados por carrapatos.
O tratamento da febre maculosa é feito com antibióticos específicos, sendo recomendado iniciar o tratamento imediatamente após a suspeita clínica, sem esperar pelo resultado de laboratório. A prevenção envolve medidas como evitar o contato com carrapatos, usar roupas claras, calças, botas e blusas de manga comprida em áreas arborizadas, utilizar repelentes específicos, controlar os carrapatos em animais domésticos e remover os carrapatos do corpo o mais rápido possível.
É fundamental que tanto as pessoas que vivem em áreas rurais
Fonte originária: Brasil 61
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